segunda-feira, janeiro 30, 2006

hope / Machadada na Burocracia

a César o que é de César
Sócrates está a surpreender com esta de se atirar à séria à burocracia - que é bem sentido por todos, muitas gerações incluídas, constituir um dos entraves maiores ao desenvolvimento mínimo garantido, do país.
É um sinal!
É uma luz ao fundo do túnel...mas são montanhas, enormes montanhas, as que tem de remover só para limpar a porcaria imensa que já acumulou desde que entrou para o governo.
...Quanto mais para acabar com o entranhadissimo atraso de que Portugal tão descarada e vergonhosamente padece!

domingo, janeiro 29, 2006

postaberta / A MARIA CAVACO SILVA



Senhora Dra. Maria Cavaco Silva,

As fotografias que encimam esta postaberta transmitem-nos a ideia de uma futura primeira-dama, não coincidente com o que, à boca pequena, se comenta acerca da imagem que V. Exa. terá deixado enquanto mulher do ex-primeiro ministro Cavaco Silva.
O seu marido surpreendeu muita gente - e terá recebido muitos votos - por ter referido na campanha que é um homem diferente do que foi enquanto primeiro ministro.
Pode parecer despiciendo, mas é da maior importância que V. Exa. assuma uma postura diferente da que mostrou nessa altura.
As mulheres, em Portugal hoje, constituem mais de 50% da população, estando a atingir mesmo os 53%.
Não foi V. Exa. que foi eleita Presidente da República (PR) mas não deve ignorar o papel que uma acção adequada, bem posicionada, do 'cargo' de mulher do PR pode representar como estímulo para o colectivo nacional.
Há muitas décadas - muitas mais do que as décadas que temos de vivência democrática pós-revolução de 1974 -, que as primeiras damas não desempenham um papel consonante com o seu estatuto.
Ou porque, de um lado, houve um longo consulado de primeiro ministro todo-poderoso solteiro, ou porque, de outros lados, o machismo de PR's esquerdosos casados acabrunhou qualquer veleidade nesse sentido.
A magistratura de influência da primeira dama tem mais importância do que se vislumbra à vista desarmada e V. Exa. está por isso obrigada a deixar o recato das suas coisas pessoais para se dedicar às suas coisas públicas.
Pode fazer história, sem contudo misturar o seu papel com o do seu marido.
Diz-se que V. Exa. tem sido determinante nas decisões mais importantes da vida do seu marido, vida que cada vez mais se confunde, nestas épocas, com a vida do país.
Não é difícil presumir que é verdade e, assim sendo, o que se lhe pede é que deixe de actuar na sombra e passe a desempenhar o 'cargo' de modo inovador, com eficiência, marcando a diferença para com as suas aborrecidas antecessoras.
O que se lhe pede é que ponha ao serviço da sociedade o bom senso, a capacidade e a inteligência que, com comprovado sucesso, tem usado no aconselhamento da vida política do seu marido.
Num país em que à maioria das mulheres é vedado permanente e sistematicamente o acesso aos lugares de poder de decisão, esperamos que nos surpreenda com uma acção ponderada, conhecedora dos limites, mas notória.
Cumprimentos.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

descaminhos / O Condecorador

SAMPAIO 'O Condecorador'

Fez da Presidência da República a fonte primária da crescente ausência de autoridade do Estado, com discursos elípticos, imperceptíveis, contradições sucessivas, episódios muitos, sem conta, trapalhadas inimagináveis...

É a personificação da patetice política. Agora, em linha com todo o seu mandato de 10 anos, ao longo do qual condecorou tudo e todos, condecorou também empresários, massivamente.

Empresários que, apesar de sistematicamente e permanentemente vilipendiados pelo poder político, acorrem solícitos para receberem a coleira dos submissos!

Para a receberem das mãos de um poder político inerte, decadente, maldizente precisamente do papel dos empresários na grandiosa feira de vaidades que é a sociedade portuguesa destes dias.

Para a receberem dos mais altos representantes de um estado que alguns publicamente referem como a Argentina da Europa.

O quadro não poderia ser mais desolador e demonstrativo da desnecessidade de um regime republicano porque, com o regime monárquico, sempre havia argumentos para a chegada da patetice à chefia do estado.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

hope / Algarve

É a esperança que nos resta: um algarvio na Presidência da República e um americano no Algarve!
Mas não é um americano qualquer, é "o protótipo do homem de negócios", como refere o Correio da Manhã.
Tinha ou não razão em tê-lo tanto tempo na montra?

quarta-feira, janeiro 25, 2006

offside / é Trump a mais...

Não estará o Trump há tempo de mais em exposição aqui?