Os fringilídeos (família Fringillidae) são aves passeriformes que se alimentam de sementes. A maior parte das espécies conhecidas habitam o hemisfério norte, ainda que se encontrem, em menor extensão, em África e na América do Sul.
São de pequeno ou médio porte e ostentam um bico forte, geralmente cónico e, nalgumas espécies, bastante largo. Todos têm 12 rectrizes e nove rémiges primárias. Os seus ninhos têm a forma de cesto e são construídos em árvores. O seu voo é caracterizado pela alternância entre impulsos bruscos de golpes de asa e momentos de deslize com as asas fechadas. A maior parte das espécies são canoras.
A História de Portugal, como o voo dos fingilídeos, caracteriza-se "pela alternância entre impulsos bruscos de golpes de asa e momentos de deslize com as asas fechadas"
É assim que estamos há já muitas (demasiadas) décadas, a deslizar com as asas fechadas.
Mostram os actuais líderes capacidade para inverter a rota para o estatelamento em que nos encontramos?
Tem Sócrates visão para abrir as asas?
E esta surpresa chamada Cavaco, a apostar em roteiros para a inclusão e coisas parecidas, tem (alguma vez teve) arcaboiço para um brusco golpe de asa?
Os factos que vamos observando no dia-a-dia demonstram com toda a evidência que não.
O desespero do governo em sacar dinheiro por tudo quanto é lado, para alimentar a máquina que lhe dá os votos, vai mesmo ao ponto de colidir com a constitucionalidade dos seus actos, como acontece agora com a quebra do sigilo bancário em reclamação graciosa (segundo MRSousa).
O golpe de asa que o país precisa não exige, no entanto, que a Constituição seja ferida, ou mesmo alterada como sempre reclama a autoproclamada direita inscrita no CDS.
Necessita de coisas bem mais simples, ao alcance de todos.
Necessita de mais gente esclarecida a falar como fala Miguel Sousa Tavares.
Necessita de mais gente a dizer a verdade sobre o estado do país e o caminho que está a levar, como Medina Carreira.
Necessita de mais vozes como a de Vasco Pulido Valente, a alertar para os problemas históricos, já estruturais, de Portugal, a que há que dar solução.
Necessita de mais Belmiros de Azevedo ( dos tempos em que Belmiro zurzia no governo, não do Belmiro de hoje caladinho para não prejudicar a OPA...).
Necessita ... de oposição!