Portugal sofreu na vida de uma mesma geração uma mudança fundamental no que toca às suas fronteiras e à capacidade de as defender: durante a última guerra, as fronteiras de Portugal eram todas com soberanias ocidentais, excepto a China, que não pesava; na década de 60, passámos a ter umas doze fronteiras com Estados que foram tornados independentes e nenhum era de cultura ocidental, excepto a Espanha. Isso pressupõe uma mudança radical da função e da capacidade do país para enfrentar a conjuntura internacional. E, finalmente, após o 25 de Abril, Portugal ficou só com uma fronteira! E tudo isto teve que ser absorvido pela mesma geração que está ainda hoje viva.
sexta-feira, agosto 05, 2005
parti pris / IDENTIDADE
Portugal sofreu na vida de uma mesma geração uma mudança fundamental no que toca às suas fronteiras e à capacidade de as defender: durante a última guerra, as fronteiras de Portugal eram todas com soberanias ocidentais, excepto a China, que não pesava; na década de 60, passámos a ter umas doze fronteiras com Estados que foram tornados independentes e nenhum era de cultura ocidental, excepto a Espanha. Isso pressupõe uma mudança radical da função e da capacidade do país para enfrentar a conjuntura internacional. E, finalmente, após o 25 de Abril, Portugal ficou só com uma fronteira! E tudo isto teve que ser absorvido pela mesma geração que está ainda hoje viva.