sexta-feira, julho 07, 2006

descaminhos / a aceleração do desastre

A aceleração do desastre é inevitável, perante estas declarações do novel ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.
Licenciado em Economia, por certo devia ter em atenção que um país pequeno como Portugal, escassíssimo de recursos humanos qualificados, recursos financeiros e recursos técnicos, não deve (e também não pode) diversificar excessivamente os seus mercados, como já é por demais evidente.
Portugal, através do Estado e dos privados já vai a todas, investe não importa onde e no quê, quer ser bom internacionalmente nos mais diversos sectores da actividade económica e em todos os mercados, da América à Ásia.
Agora vem este ministro dizer que nos concentrámos em excesso nos PALOP's!
Será que não viu ainda que estamos a ser literalmente esmagados em Angola, o mercado dos PALOP's mais importante, pelos chineses, pelos brasileiros, pelos espanhóis, pelos italianos, pelos franceses e por aí a fora?
Este é bem um ministro à moda de Sócrates, mas com políticas como esta de diversificar mais ainda, agora em África, não se ficará apenas por "aparar a sebe", na feliz expressão de Vasco Pulido Valente, este - tudo indica - vai dar mais uns cortes que vão continuar a afectar indelevelmente as raízes ...