domingo, novembro 27, 2005

referências / DONALD TRUMP


"WHAT SEPARATES THE WINNERS FROM THE LOSERS IS HOW A PERSON REACTS TO EACH NEW TWIST OF FATE"
(Donald Trump, in 'Trumped! the inside story of the real Donald Trump - his cunning rise and specatcular fall', John R. O'Donnell with James Rutherford, New York, Star Books, 1992, p.258)

sexta-feira, novembro 25, 2005

hope / VISÃO DO ABANÃO SEM EUCALIPTO


Segundo Miguel Cadilhe - a quem se tem de adjudicar uma invulgar coragem para os tempos que correm -, Portugal já só lá vai com um abanão.
E não será Cavaco "O Reverente", a quem Cadilhe preferiria apelidar de "O Eucalipto", o homem capaz de abanar.
Cadilhe está a contribuir muito significativamente para demonstrar que, como em outros momentos determinantes da história de Portugal, as reservas da nação, essenciais para a ultrapassagem dos períodos mais críticos da vida do país, se encontram mais no norte do que em outro lado qualquer.
Haja esperança!

quarta-feira, novembro 23, 2005

trapalhadas / FALTAS & FALTAS

Mais uma, para a galeria de trapalhadas do Governo actual, que nasceu das presidencialistas interpretações - e das oposicionistas reivindicações - das trapalhadas do Governo anterior.
Tem Sócrates um Secretário de Estado - que até é da Educação -, o qual não quer que os professores faltem às aulas, mas cujo passado está manchado, precisamente no âmbito da sua vida pública, por uma vergonhosa situação de faltas.
O autismo e a arrogância do Primeiro-Ministro, cada vez mais reconhecido, muito provavelmente, vai manter Valter Lemos no seu posto e, assim, consolidar mais uma valente trapalhada.

domingo, novembro 20, 2005

descaminhos / CAPITULAÇÃO



Em Portugal, assistimos a uma verdadeira capitulação perante uma Espanha prestes a desintegrar-se e a não ser mais do que uma federação de comunidades autónomas, das quais Portugal acaba por ser apenas a que mais cedo se impôs no processo centralizador da península.
Com este passo do futuro Instituto Ibérico de Investigação e Desenvolvimento, avança-se sub-repticiamente, sem qualquer prurido, na efectiva capitulação do país que trinta e quatro gerações de portugueses construíram.
A capitulação já era, aos olhos de todos, económica; agora o passo é num sentido mais franco, mais decisivo, tornando-se irreversível.
Nós cedemos o espaço, em Braga...Espanha fica com o Director, José Ribas, cá!
Nós damos as instalações, eles ficam com o mando...
Imaginemos o inverso: um Director português, a chefiar um Instituto Ibérico de Investigação e Desenvolvimento em Espanha, resultante de um acordo intergovernamental.
Fiquemo-nos pela imaginação, porque alguma vez a Espanha centralista iria aceitar?
O Governo português - com o inestimável patrocínio do comovente Presidente da República que temos tido nestes gloriosos últimos dez anos -, vai de capitulação em capitulação, na mais confrangedora demonstração de impotência, de visão, de estratégia para Portugal, no mundo, na península Ibérica, na Europa, no Atlântico.
Serão enormes os custos de derrubar mais um governo num período de menos de dois anos de duração da sua governação, mas serão ainda maiores os danos de uma política como a que tem vindo a ser seguida e aquela que se perspectiva, uma política de autêntica capitulação.

quinta-feira, novembro 17, 2005

aisthesis / GOSTAVA

Gostava de morar na tua pele
desintegrar-me em ti e reintegrar-me
não este exílio escrito no papel
por não poder ser carne em tua carne.

Gostava de fazer o que tu queres
ser alma em tua alma em um só corpo
não o perto e o distante entre dois seres
não este haver sempre um e sempre o outro.

Um corpo noutro corpo e ao fim nenhum
tu és eu e eu sou tu e ambos ninguém
seremos sempre dois sendo só um.

Por isso esta ferida que faz bem
este prazer que dói como outro algum
e este estar-se tão dentro e sempre aquém.

(Manuel Alegre, Sete Sonetos e Um Quarto, Lisboa, Dom Quixote, 2005, pág. 23)

quarta-feira, novembro 16, 2005

trapalhadas / CONTRA O ORÇAMENTO

Fontes geralmente bem informadas fazem crer que foi a perspectiva política avançada por Cavaco Silva que determinou a mudança de orientação de voto do PSD, de abstenção para contra.
O objectivo seria o de, uma vez eleito Presidente da República, Cavaco Silva não estar de algum modo dependente de uma posição pouco clara do partido que o apoia, quanto ao orçamento.
Tanto mais que se trata de um orçamento que vai vigorar num ano crucial para a decisão sobre se é dissolvida ou não a Assembleia da República, na linha do que o actual presidente já fez, com uma maioria estável.
A dissolver, Cavaco terá de fazê-lo logo no início do mandato, de modo que o novo governo, saído de eleições antecipadas, tenha tempo de agir - invertendo o percurso negativo da economia nacional -, e permitir assim a reeleição de Cavaco para um segundo mandato.

aisthesis / BENDITA

Bendita sejas tu porque mulher
bendita sejas não porque te dás
mas porque o teu prazer é o meu prazer
e só no teu prazer encontro paz.

Correrão muito rios mas o teu
é o que me leva às águas do baptismo
contigo em cada orgasmo eu subo ao céu
noite a noite contigo eu vejo o abismo.

Corre o Jordão e o Tibre os rios correm
contigo em cada orgasmo eu me baptizo
contigo noite a noite a dor e o riso.

Nas curvas do teu corpo os diabos morrem
bendita sejas tu porque me levas
onde a luz do prazer nasce das trevas.

(Manuel Alegre, Sete Sonetos e Um Quarto, Lisboa, Dom Quixote, 2005, pág. 27)

caminhos / A BOA MOEDA


Se a marca do mandato de Carmona Rodrigues na Câmara de Lisboa se exemplifica com os arranjos dos passeios da cidade que estão visivelmente a decorrer - sem que isso aconteça devido à proximidade de eleições -, então estamos no caminho certo.
Bem haja, Pedro Santana Lopes, por ter trazido para a política a boa moeda!

sexta-feira, novembro 11, 2005

descaminhos / O MAU ESTADO DO ESTADO

• Os Indicadores Agregados de Governação, calculados pelo Banco Mundial (para 209 países) registaram uma evolução desfavorável para Portugal, no período de 1998 a 2004. Nomeadamente nos indicadores “Eficácia do Estado” (do percentil 88 para percentil 80), “Carga Regulatória" (do percentil 91 para o percentil 85) e “Instabilidade Política” (do percentil 95 para o percentil 85).
(Newsletter n.º 36, Novembro de 2005, do Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia e Inovação)

caminhos / ÁGUA P'RA VIDA


Uma década para ser demonstrada a capacidade da humanidade na resolução de alguns dos mais fundamentais problemas da sua sobrevivência e desenvolvimento

quinta-feira, novembro 10, 2005

socos / O MAPA DA POPULAÇÃO SUBALIMENTADA

caminhos / CONHECER O GRAU DA AMEAÇA TERRORISTA

Com a diáspora terrorista a que se assiste, não seria oportuno ter em Portugal também um sinalizador como este? Ou a globalização, nesta vertente, não nos afecta?

marco / A DEDICAÇÃO DE UMA VIDA

terça-feira, novembro 08, 2005

caminhos / APOSTA DO TURISMO NO ORDENAMENTO

Mais vale tarde que nunca: quase a abandonar o cargo, mas ainda dentro da validade, Jorge Sampaio apontou um caminho dos mais importantes para o futuro de Portugal: o turismo e o ordenamento do território, através do turismo.
Honra lhe seja feita!

marco / SEIS DÉCADAS MARCANTES

fancy / A CORNUALHA N' AMÉRICA

President and Mrs. Bush hosted the Prince of Wales and the Duchess of Cornwall at the White House for a lunch and a dinner November 2, 2005.
The visit was the Duchess of Cornwall's first foreign travel representing the United Kingdom.
The United Kingdom is one of America's closest friends and allies, and is a leading partner in the cause of freedom. (subl. n/)
('The White House' site)

segunda-feira, novembro 07, 2005

offside / ENA, A POSIÇÃO DA ENI !

O manifestante dos 40, logo após ter assinado o documento elaborado contra a entrega das empresas portuguesas aos espanhóis, vendeu aos mesmos o BNC, agora Banco Popular (sem qualquer diferença, pois, a partir de agora, relativamente ao banco que se encontra já espalhado pelas outras comunidades autónomas da Espanha).
Diz, contudo, que não, não vendeu: trocou (trocou 75% do BNC por 4,5% do Banco Popular)!
Segundo o Negócios do DN de hoje, quer comprar a posição da ENI na Galp. Financiado pelo Santander...
Provavelmente para proceder a mais uma troca e baldroca...
É o 'salve-se quem puder', sem qualquer pejo, com o único objectivo de safar a pele, como é próprio dos ditos empresários, aqueles que só olham aos resultados financeiros de curto prazo.
Ditos empresários que, vendo o país a afundar-se, tentam sacar e eito o que ainda tem valor, para benefício pessoal, familiar ou de grupo restrito, sem qualquer visão estratégica submetida a um mínimo que seja de interesse nacional, patriótico.
E afirma, na sua telegráfica mensagem de presidente, que "o desenvolvimento sustentável tem como princípio basilar que toda a actividade humana deve servir o presente sem comprometer o futuro"(subl. n/)...
Com empresários amigos como este, Portugal não precisa mesmo de inimigos.
Américo Amorim candidata-se, com fortes possibilidades de ganhar, a Senhor Trocas e Baldrocas.

domingo, novembro 06, 2005

magister dixit / A ORQUESTRA DE PEQUIM

"Enquanto a Orquestra de Pequim tocar Beethoven e Mozart, estamos safos."

(André Jordan, in 'Entrevista', Pública n.º 493, 6 de Novembro de 2005, pág. 36 -texto de Maria João Seixas)

hope / DISCERNIMENTO

A JP não vai apoiar Cavaco "O Reverente" , nem qualquer outro candidato às presidenciais de 2006, o que faz reganhar a esperança!
O discernimento da estrutura política de juventude do CDS merece registo, no quadro da ausência de visão e de estratégia que os candidatos demonstram.
A JP constitui uma autêntica e derradeira válvula de escape para todos os que não se revêm na anunciada 'evolução na continuidade' do deteriorado sistema que nos rege.

sábado, novembro 05, 2005

IDENTIDADE-PROJECTO

Manuel Alegre, no seu manifesto, praticou o "toca-e-foge".
Disse: "Porque há duas maneiras de entender a identidade de um povo: a identidade-raízes e a identidade-projecto. Portugal tem uma fortíssima identidade histórico-cultural, mas está debilitado quanto à mobilização em torno de uma vontade colectiva." Tocou! Portugal está debilitado, é verdade, não tanto, aliás, 'quanto à mobilizaçã0'; está debilitado e não está mobilizado porque a 'vontade colectiva' só pode acontecer, só pode exprimir-se, quando se sabe qual é o objectivo e quando se interioriza o mesmo.
Mas fugiu...
Com efeito, no manifesto, nunca caracateriza prospectivamente a "identidade-projecto".
Julgará que o projecto identitário corresponde tão-só à "igual liberdade de homens e mulheres", pela qual se candidata?
Ou apenas à "defesa de uma sociedade cosmopolita e de inclusão"?
Ou simplesmente a "mais cidadania"?
Não, Manuel Alegre também não cumpre os mínimos que um presidente tem de cumprir para recolocar Portugal na agenda e tornar os portugueses mais felizes.
Quando refere o "Contrato presidencial", "Cumprir e fazer cumprir a Constituição", "Um Pacto Económico e Social", "Qualificação e cultura de inovação", "Modernização da educação", "Uma diplomacia de paz", "Uma visão política da Europa", "Uma aliança de civilizações", "O espaço estratégico da CPLP", "O novo papel das Forças Armadas", "Constituição e cidadania", "Magistério de proximidade e de exigência", mais não faz do que descrever uma série de lugares comuns, intensamente precorridos, por exemplo, pelo actual presidente, sem qualquer efeito positivo no desenvolvimento da sociedade portuguesa no decorrer de toda uma longa década e, até, muito antes pelo contrário.
Era de esperar mais. Tínhamos referido que a expectativa estava toda em Manuel Alegre.
Mas afinal, o terceiro dos candidatos com possibilidade de ganhar, a apresentar o manifesto, mostrou não ter também a visão de que o país carece.
Esta visão é a que pode atribuir uma função a Portugal no mundo, uma função que não se limite a vagos princípios mais ou menos libertários, mais ou menos formal-constitucionalistas!
É uma visão que afastará vigorosamente o país duma diluição despersonalizante nesta Europa sem rumo, optando pela ligação suficiente que lhe advém de ser Estado membro, mas sem prejuízo da consolidação e desenvolvimento dos laços que estabelecemos, com tanto esforço, pelos cinco continentes.
Manuel Alegre, com este seu manifesto, anula a ténue hipótese que ainda restava quanto a podermos ter alguém ao comando do Estado com uma estratégia de longa duração para o país.
Sinal dos tempos, que não são historicamente inéditos, caracterizados por um medíocre mecanismo de selecção dos dirigentes políticos, mecanismo que vai perdurando e que perdurará ainda, quem pode saber, por mais um lustro ou, mesmo, uma década.