quinta-feira, outubro 27, 2005

SOARES SEM ESTRATÉGIA

Como já se esperava, esta nova edição da candidatura de Soares, às eleições presidenciais do próximo ano, não é senão mais do mesmo!
Como foi aqui referido anteriormente, Mário Soares foi Presidente da República no enquadramento dos Conceitos Estratégicos de Defesa Nacional (CEDN) de 1984 e de 1994, onde se estabelecia a necessidade de defender os sectores estratégicos nacionais, designadamente os que integram as forças produtivas.
Acontece que "os sectores estratégicos nacionais" nem sequer foram definidos, no longo período de uma década em que Mário Soares exerceu a sua tão querida magistratura de influência...
E como se manifesta agora o candidato repetente?
Mas como é que Portugal pode ganhar esta batalha sem ter um rumo, sem ter uma estratégia?
Trabalhando muito? Mais ainda?
Quanto trabalho se perde, quantos recursos se desperdiçam por não haver objectivos comuns, propostos com coragem e aceites por uma expressiva maioria da população?
O Presidente da República é o orgão constitucional mais adequado para agregar os portugueses em torno de desideratos atingíveis, ainda que em várias gerações.
Mas Mário Soares, tão experimentado que é, ainda não descobriu que esse elemento chave que é uma estratégia, corresponde à maior deficiência do actual sistema político português, o qual não tem conseguido concretizar - um nível abaixo das generalidades constitucionais -, os objectivos que Portugal se impõe atingir num prazo de duas ou três gerações pelo menos.
De Cavaco saber-se-á hoje qual a dimensão do seu 'mais-do-mesmo'...
Curiosamente, a expectativa está toda em Manuel Alegre!