segunda-feira, outubro 10, 2005

CARÁCTER DEFICIENTE

O carácter do actual líder do PSD pode-se identificar facilmente através de três ou quatro aspectos.
Na noite passada, embora o seu partido tivesse reconquistado algumas das maiores Câmaras do país em coligação com o CDS-PP, não o mencionou, nem tão-pouco agradeceu o espírito de lealdade e de colaboração do seu parceiro em cerca de 20% das Câmaras.
Retirou arbitrariamente o apoio do partido a uns, como Valentim e Isaltino, num assomo de grande e imaculada virtude política, enquanto manteve o apoio a outros, como Isabel Damasceno e Alberto João Jardim, sem lógica e sem a congruente coragem política e pessoal.
Não esclareceu até hoje as acusações que lhe atribuem, concretamente, ter um passado, no partido, de pressões sistemáticas para colocação dos amigos em 'tachos'.
Mantém-se à frente do partido, na sequência das mais graves omissões (agora uma vez mais) e acusações ao trabalho e à perspicácia política do anterior líder do PSD, demonstrando um comportamento medíocre, amplamente censurável, comportamento verdadeiramente execrável de que Carmona Rodrigues se soube distanciar - e muito bem - não ousando subscrevê-lo.
O candidato do PSD eleito em Lisboa soube dar, no seu discurso de vitória, a Santana Lopes o que lhe pertence e não se coibiu, mesmo, de referir que, sem ele, não estaria, por certo, ali.
Nestas eleições foi, em diversas situações, reforçada a emergência de políticos que têm vindo a demonstrar ser de uma estirpe que nos devolve, em boa parte, a esperança.
Não é, de todo, o caso de Luís Marques Mendes!