quinta-feira, outubro 13, 2005

trapalhadas / ZANGAM-SE AS COMADRES, DESCOBREM-SE AS VERDADES





O caso dos gestores da REFER e da CP está a tornar-se em mais uma das múltiplas trapalhadas do Governo Sócrates.
Mas esta é uma trapalhada que tem, no entanto, o mérito de mostrar o que se passa 'à mesa do orçamento' e, se Mário Lino tiver coragem de pôr de lado as amizades, pode até redundar num bom exemplo da política de redução de privilégios, estes sim, verdadeiramente escandalosos.
Pelos vistos, a coisa já era costume. Ou seja, os gestores, vários gestores, que têm vindo a passar pela REFER, pela CP, e sabemos lá por mais aonde, tratam das suas vidas, à custa do dinheiro dos contribuintes que é vertido nas empresas públicas do sector dos transportes, praticamente sem controlo.
Fazem e desfazem decisões ilegais, tomadas na ânsia de se aproveitarem dos cargos públicos que lhes foram confiados, para fins pessoais e, para cúmulo, ainda vêm para a praça pública gritar que só fizeram o que outros já antes tinham feito!
É claro que não se percebe por que razão o Senhor Ministro não aplicou ao Presidente da CP o mesmo tratamento. Não se percebe!!
Mário Lino tem uma oportunidade de ouro para mostrar que não há complacências e aplicar um processo à gerência da CP e, em particular, ao seu Presidente, que indubitavelmente também prevaricou, processo idêntico ao que aplicou aos administradores e Presidente da REFER.
E a propósito, o que faz o Instituto Nacional do Transporte Ferroviário, entidade reguladora do sector, no meio de tudo isto?
Não se aperceberá, dentro das competências estatutárias que lhe estão cometidas, dos custos milionários que 'o saque dos contratos cruzados' tem, ao fim e ao cabo, quer para os utentes dos transportes, quer para os contribuintes?