sexta-feira, junho 23, 2006

caminhos / direita sem esquerda

Parece estar a haver por aí uma tendência no sentido de a direita, nos tempos que correm, dever ir buscar à esquerda algumas das suas ideias.
Entendamo-nos, no âmbito da refundação da direita.
Há uma regra que o esbatimento aparente entre esquerda e direita hoje, não consegue eliminar: a esquerda não se preocupa com a produção de riqueza; tem sempre presente, ao invés, a distribuição do que existe e, mesmo, do que não existe, não hesitando sequer em endividar o país para continuar a distribuir, até ser arredada do poder.
São os conhecidos complexos da filosofia marxista de que, embora cada vez mais burguesa, não se consegue livrar...
Portugal não tem uma estrutura económica capaz de produzir a riqueza necessária à manutenção e desenvolvimento do nível de vida actual da sua população, estando já a regredir fortemente.
Cabe à direita reconstruir a base económica do país, o que é uma tarefa eminentemente política, ao contrário do que, à primeira vista, se pode pensar.
Se o problema do desenvolvimento português tem dois séculos, dois séculos terão os problemas onde enraizam as dificuldades da direita portuguesa de hoje, aos quais urge dar uma solução inteligente e pragmática.