domingo, julho 24, 2005

fancy / ARRISCA?

Vasco Pulido Valente chega a ter algumas análises e interpretações que, nunca deixando de ser curiosas, demonstram uma lógica na observação da história e da cultura de Portugal que, frequentemente, não desmerece o tempo investido na sua leitura.
Mas então, porque razão o colocamos aqui nesta coluna da fantasia?
É que ele fica-se pela análise e pela crítica, não se compromete com ideias para a resolução dos problemas de Portugal que, tão mordazmente, identifica.
É mais um dos que contam apenas para a verborreia em que vamos submergindo. Para Vasco Pulido Valente não há nada a fazer?
Se têm conteúdo, se têm substância as suas críticas e análises, avance com propostas, arrisque, contribua. Ou será que imagina que a crueza com que observa a vida nacional é suficiente para desencadear as reacções que se impõem?
Defende que Portugal não tem saída? Que valerá mais a pena negociar uma integração, não apenas indirecta, através da União Europeia, com a Espanha, mais lenta, como está a acontecer?
Subscreve, mesmo, uma integração com Espanha mais directa, mais rápida, corroborando a acelerada perda de independência de base económica, para o país vizinho, que está em curso?
Ou a solução é outra?
A riqueza de conhecimentos de Vasco Pulido Valente, uma vez posta ao serviço de uma reflexão sobre o futuro de Portugal, seria muito bem vinda, seria uma contribuição importante para a missão dos re-Descobrimentos.