sábado, setembro 17, 2005

aesthesis / ALLEGRO

Sente como vibra
Doidamente em nós
Um vento feroz
Estorcendo a fibra

Dos caules informes
E as plantas carnívoras
De bôcas enormes
Lutam contra as víboras


E os rios soturnos
Ouve como vazam
A água corrompida

E as sombras se casam
Nos raios noturnos
Da lua perdida...

(Oxford, 1939, in 'Livro de Sonetos', Rio de Janeiro, Sabiá, 1967, pág. 48)