
Último dia de Agosto, data adequada para elaboração do índice dos posts publicados desde a manutenção / UM, em 25 de Julho.


Um indicador interessante, o da composição dos parlamentos de 186 países, mostrando a percentagem de mulheres, em relação aos homens. Dados de 30 de Junho deste ano.
1.O presidente da república que temos quer que se imponha a "limpeza coerciva" da floresta, propriedade dos particulares;
Chamo aqui de direita, por pura convenção, a atitude que consiste em tomar em consideração a diversidade do mundo e, por consequência, as desigualdades relativas que dela necessariamente decorrem, como um bem; e a homogeneização progressiva do mundo, proposta e realizada pelo discurso duas vezes milenário da ideologia igualitária, como um mal. Chamo de direita as doutrinas que consideram que as relativas desigualdades da existência induzem relações de força cujo produto é o devir histórico - e que consideram que a história deve continuar - resumindo, que "a vida é a vida, quer dizer, um combate, tanto para uma nação como para um homem" (Charles de Gaulle). Quer isto dizer que, a meus olhos, o inimigo não é a "esquerda", ou "o comunismo", ou ainda "a subversão", mas pura e simplesmente esta ideologia igualitária cujas formulações, religiosas ou laicas, metafísicas ou pretensamente "científicas" não deixam de florir desde há dois mil anos, de que as "ideias de 1789" não foram mais do que uma etapa e de que a subversão actual, e o comunismo, são a inevitável consequência.
Senhor Engenheiro,


Incapazes de criarem as condições de crescimento da economia, impotentes para travarem a hemorragia da propriedade das empresas portuguesas para mãos estrangeiras, passivos perante o espectáculo da perda de autonomia económica e da independência nacional, os mais altos responsáveis pela condução do país, acantonam-se na cassação dos legítimos direitos e expectativas dos funcionários públicos.
O post de José Pacheco Pereira UMA MEDIDA COMPLETAMENTE IRREALISTA E INAPLICÁVEL, força-nos a uma vinda a terreiro, em nome do discernimento que se deve sustentar, caminhando que estamos para a desorientação geral.





É consensual que Portugal, tendo chegado ao que chegou, já não pode passar sem um golpe d'asa, sem um conjunto de acções simples, com objectivos claros e entusiasmantes, no sentido de recolocar o país num caminho seguro e duradouro de confiança e de progresso. 
A Bombardier foi notificada da resolução de expropriação de parte das instalações da Amadora, na sexta-feira passada, adiantou ao Jornal de Negócios fonte oficial do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
O desenvolvimento da minha filosofia aconteceu como segue: a minha mulher, tendo-me convidado para provar o seu primeiro soufflé, deixou cair uma colher dele no meu pé, fracturando vários ossinhos. Chamaram-se os médicos, tiraram-se e examinaram-se as radiografias e mandaram-me ir para a cama durante um mês. Durante a convalescença virei-me para as obras de alguns dos mais formidáveis pensadores da sociedade ocidental - um monte de livros que eu tinha posto de parte exactamente para uma destas eventualidades. Desprezando a ordem cronológica, comecei com Kierkegaard e Sartre, depois saltei rapidamente para Espinosa, Hume, Kafka e Camus. Não me chateei, como temia que acontecesse; pelo contrário, fiquei fascinado pela alacridade com que essas grandes inteligências abordavam sem tergiversar a moral, a arte, a ética, a vida e a morte. Lembro-me da minha reacção perante uma observação tipicamente luminosa de Kierkegaard: "Uma tal relação que se relaciona a si consigo mesmo (quer dizer, com o Eu) tem de se ter constituído a si própria ou ter sido construída por outrem." O conceito fez-me vir as lágrimas aos olhos. Palavra de honra - pensei, como ele é inteligente! (Eu sou um tipo que tem dificuldades em escrever duas frases intelegíveis sobre 'O dia que passei no Jardim Zoológico'). Na verdade, a passagem era totalmente incompreensível para mim, mas que importava se Kierkegaard se tinha divertido a escrevê-la? Acreditando, de repente, que a metafísica era o trabalho que sempre desejara fazer, peguei na caneta e comecei de imediato a anotar a primeira das minhas próprias meditações. A obra desenvolveu-se com presteza, e no espaço de duas tardes - com um intervalo para uma soneca e para tentar meter umas bolinhas nos olhos do urso - completei a obra filosófica que desejo não seja revelada antes da minha morte ou até ao ano 3000 (o que acontecer primeiro) e que, modestamente, acredito que me assegurará um lugar de destaque entre os mais valorosos pensadores da História.






Em Portugal, hoje, a confusão sobre o que são sectores estratégicos é total, pelo que convém esclarecer.
A energia é um sector estratégico. As telecomunicações são um sector estratégico. As autoestradas são estratégicas. As águas são um sector estratégico. O sector financeiro é um sector estratégico. A saúde é estratégica. A distribuição é um sector estratégico.
Confundem-se duas realidades relativamente distintas: os recursos ou meios estratégicos, por um lado, e as competências ou capacidades técnicas e comerciais, por outro.
Um país pode ter muito boas autoestradas, um sistema de saúde óptimo para a sua população, energia por todo o lado sem falhas, água da melhor qualidade para beber, telemóveis para todos, os bancos mais avançados do mundo e um sistema de distribuição muito eficiente, omnipresente. Pode..., ainda que os tenha através de uma dívida pública e privada enorme...
Mas o que fará com isso tudo se não utilizar esses recursos, ou meios, para vender a terceiros as suas competências, os bens e serviços em que se diferencia no mercado internacional?
Esses meios são como que o hardware e o software das capacidades nacionais. Que, de pouco valem, se não se lhes introduzir conteúdo.
Este conteúdo são os sectores estratégicos em que a economia portuguesa se deve especializar, para através deles se diferenciar no mercado. Com as competências resultantes da inovação, da investigação e desenvolvimento. Com as capacidades técnicas provenientes de uma história de engenharia de que Portugal se orgulha. Com as capacidades comerciais trazidas por um marketing bem direccionado.
Definidos os sectores estratégicos de conteúdo, é fundamental estabelecer os mercados-chave, onde esses sectores estratégicos devem concentrar esforços. O Estado não pode, não deve deixar ao livre arbítrio das forças do mercado o estabelecimento desses mercados-chave. É um assunto vital, para qualquer estado.
Alguns dos sectores 'ware' portugueses referidos, têm vindo a desenvolver-se como se fossem, ou pretendendo ser, também sectores estratégicos de conteúdo. Não é um problema, pode até ser uma vantagem, desde logo porque o mercado nacional serve como laboratório adequado para o lançamento de novos produtos ou serviços.
Mas então que se defina (com o Estado a não se pôr de fora...), por exemplo, que Portugal quer ser um produtor/distribuidor de energia, em termos internacionais, dando sequência séria, apoiada, aos importantes investimentos que a Energias de Portugal tem vindo a fazer.
E o mesmo para as águas, as telecomunicações, as autoestradas, os bancos, a saúde, a distribuição, ou para alguns deles.
Sem esquecer, contudo, que há outros sectores de conteúdo, que não se confundem com esses sectores 'ware', e que é indispensável qualificar como estratégicos.
É que o núcleo central do ensino e da investigação, em Portugal, deve coincidir com os objectivos estratégicos desses sectores de conteúdo, onde se inclui a satisfação das necessidades dos mercados-chave!
Um rio de escondidas luzes
Vanessa Fernandes, ao confirmar uma geração de ouro e ao bisar como campeã europeia de elites, como que ajuda a compensar tanta falta delas em Portugal. 

O artigo de Mário Soares, no Expresso de hoje, obriga-nos a fazer-lhe um convite.
Joelho