quinta-feira, agosto 04, 2005

magister dixit / PELA RECUSA


Existem dois caminhos e devo dizer-lhe que sou muito parcial. Há quem pense, e talvez com certa razão, que a mulher deve entrar no mundo da política para, dentro desse universo, desenvolver as suas ideias e a sua acção. Mas eu penso que quando uma mulher entra nesse mundo, ela própria é obrigada a submeter-se a padrões que ameaçam toda a sua natureza, a natureza da sua cultura. Ela é levada a transigir, torna-se numa cópia daquilo que já é mau nos homens. Eu penso que a acção da mulher deve desenvolver-se fora da política do Poder. Uma acção política de contra-poder. Pela recusa.