quinta-feira, agosto 04, 2005

hope / PRIORIDADES



Diogo Freitas do Amaral, no PÚBLICO de hoje, aponta, na sua qualidade de Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, as prioridades portuguesas, no âmbito da refundação da Carta de São Francisco e das recomendações do Secretário-Geral para a reforma da ONU.
E refere como a primeira dessas prioridades, o "Estabelecimento da Comissão para a Consolidação da Paz", "cujo objectivo é assistir os países na fase pós-conflito...".
Considerar como objectivo prioritário a assistência pós-conflito corresponde a uma visão que não se coaduna de todo com o pensamento de quem tão veementemente condenou a intervenção americana no Iraque!
Intervenções como a do Iraque acontecem por não ser dada prioridade ao desenvolvimento económico dos paises e das regiões mais pobres do mundo.
A prioridade a defender por um país com a história que Portugal tem, não pode deixar de ser a da prevenção dos conflitos, em vez da assistência pós-conflito.
É fundamental um acordo internacional sob a égide da ONU, com vista à eliminação das profundas desigualdades existentes entre as mais diversas zonas do globo.
O que implica uma revolução, em termos da economia internacional, no sentido de dotar essas zonas das bases mínimas, a partir das quais as respectivas populações estarão em condições de, por si só, conduzirem processos de desenvolvimento e aproximação aos níveis de vida dos países mais desenvolvidos.
Ou seja, Portugal não pode deixar de considerar como a primeira prioridade, o objectivo oito dos UN Millennium Development Goals: Develop a Global Partnership for Development