segunda-feira, agosto 08, 2005

caminhos / PROPOSTAS




No seu programa sobre o Museu Nacional dos Coches, José Hermano Saraiva mostrou mais uma vez a diferença entre os capazes de engendrarem caminhos e os que permanentemente analisam, analisam e ... analisam apenas.
A propósito da diferenciação mundial que este museu representa, uma vez que será o único com tal espólio de carruagens, propôs, por um lado a construção de um museu moderno, capaz de albergar não apenas as 19 carruagens presentes no Palácio de Belém, como as cerca de 70 que se encontram em Vila Viçosa.
Por outro lado, propôs que, para chamariz de turistas, designadamente americanos, fosse posta a circular na zona do museu uma réplica do coche da Cinderela.
No âmbito do cluster do turismo, inquestionável cluster de uma estratégia nacional no sentido dos re-Descobrimentos, José Hermano Saraiva aponta o caminho, através de uma medida simples, directa, ágil para uma efectiva criação de riqueza, capaz de ser posta em prática, totalmente, com saber-fazer nacional.
Não seria animador, até para contrariar a descrença nacional, que, por exemplo, arquitectos como Siza Vieira e Souto Moura, à semelhança do que fizeram para a Sepentine Gallery, desenhassem esse novo museu dos coches?
Tratar-se-ia de investimento público altamente reprodutivo, não sujeito a qualquer dúvida fundamentada sobre o retorno que pode proporcionar, a todos os títulos.
É preciso referir que, propostas como esta de José Hermano Saraiva, se têm de enquadrar precisamente numa estratégia nacional de muito longa duração, para que os recursos disponíveis e captáveis possam ter a melhor aplicação possível, em diversas vertentes, designadamente as do ensino, educação e formação profissional, numa adequada conjugação com os objectivos estratégicos estabelecidos.