quinta-feira, agosto 11, 2005

caminhos / ANGOLA


O deslocamento das atenções americanas para o golfo da Guiné, num quadro internacional de reorientação das fontes principais de abastecimento de petróleo, em curso, pode constituir, para Portugal, uma oportunidade de relevo, no sentido do reequilíbrio da sua função internacional.
Com o novo foco de interesse dos EUA, de algum modo já ultrapassados pela China naquela região, e particularmente em Angola, Portugal pode e deve, independentemente do seu estatuto de membro da União Europeia, ter como objectivo a intensificação do relacionamento com os EUA para a concretização de políticas que aí possam garantir uma estabilidade duradoura.
Seria ideal que estivessemos munidos de uma estratégia de longo prazo, onde se inserisse essa intensificação, mas atravessamos sérias dificuldades de liderança política, como é por demais evidente... O que, impedindo-nos de actuar por acção, não deve impedir que, pelo menos, actuemos por reacção.
Significant U.S. interests in the Gulf of Guinea, as an increasingly important regional supplier of oil and a region of extensive internal conflict, require a coordinated long-term U.S. policy toward the region. States in the region have begun to combat chronic problems of crime syndicates, border disputes, disease, and corruption, but for the most part lack the capacity and resources to achieve measurable results. Nascent attempts by U.S. agencies and international organizations to address specific problems have faltered due to a lack of coordinated policy. There exists an opportunity for the U.S. to take the lead role in assisting the Gulf of Guinea achieve greater stability and security, for the benefit of both the region and U.S. interests there. It is our hope that this opportunity will not languish.
Outra questão, não de somenos importância, é saber se, decidindo o Governo Português reagir, como parece ser intenção do actual ministro, a representação de Portugal em Angola tem capacidade para interiorizar o objectivo e agir em conformidade, o que de todo não parece ser o caso.